Liberar as suas emoções vai te ajudar a sentir muito mais prazer

Pois as melhores experiências sexuais acontecem onde há liberdade e autenticidade

Reconhecer, validar e expressar os nossos sentimentos e emoções são tarefas muitas vezes desafiadoras em uma cultura que privilegia o sucesso, o estar bem, no topo, sorrindo o tempo todo.
É a realidade vista com filtros do Instagram.

Vivemos em tempos de sociedade performática, onde parecer tem sido mais importante do que ser. E assim vamos nos moldando ao que parece aceitável, adequado, celebrável e bem-visto, não é mesmo?

Ao meu ver, as redes sociais nos trouxeram inúmeros benefícios, assim como essa sombra. A sombra de apenas publicar e curtir o que parece bom, feliz, incrível, hilário e lindo demais pra ser verdade.

Lindo demais para ser verdade… talvez não seja!

Pois é, estamos nos condicionando cada vez mais a esconder a autenticidade das nossas vivências, em busca de um feed perfeito e da aprovação dos nossos seguidores.
Aliás, essa palavra “seguidores” merece uma discussão à parte. Gosto muito mais da palavra “comunidade”.

Mas fora das redes sociais, no que eu chamo de vida de verdade, isso também passou a ser a forma como a maioria das pessoas encara a vida.

Os sorrisos falsos no corredor da empresa.
O “eu te amo” fajuto nos lábios de amantes.
O “sim, estou ótima” super mentiroso que repetimos diariamente para pessoas do nosso convívio.

Tudo para se conformar a uma estrutura social que nos deprime com tanta comparação, nos causa solidão e profundas angústias existenciais.

Mas como tudo isso influencia a nossa sexualidade e expressão do prazer?

Bem, estamos em 2020 e já aprendemos que fingir orgasmos não nos leva a lugar algum. Amém?!

Mas para além disso, sufocar as nossas emoções impacta diretamente o fluxo natural da experiência prazerosa, seja sozinha ou acompanhada.

Isso porque as melhores experiências sexuais acontecem onde há verdade, onde há nudez não apenas do corpo, mas também do vasto e complexo universo interno de cada Ser.

E para a maioria das pessoas, toda essa vulnerabilidade pode ser aterrorizante!

Sabe, na filosofia do Tantra, as emoções são vistas como estados de fluxo criados por padrões de consciência percorrendo o corpo e a mente. Esses padrões de consciência – as emoções – são adorados como deusas.

A sabedoria ancestral dessa tradição filosófica nos mostra que é possível acolher a cada emoção com devoção e amorosidade, assim como fazemos com aquilo que julgamos sagrado.

Quando trabalhamos com emoções como expressões sagradas do nosso ser, temos a oportunidade de permanecer centradas e expressivas, sem reprimir ou deixar que elas nos governem.

Ainda, dar vazão às emoções reais, como elas surgem, nos aproxima de experiências altamente profundas e orgásticas.

Raiva, alegria, tristeza, loucura e êxtase podem, e devem, ser vivenciadas durante o sexo ou masturbação.

Quanto mais aprendemos a deixar esse fluxo acontecer, mais abrimos o fluxo autêntico de quem somos também na cama.

Lindo isso, não é?!

Tendo isso tudo em mente, te convido a refletir:

  • Pense nos momentos de prazer sexual, sozinha ou com um parceiro. Como você demonstra as suas emoções?
  • Quais são as caras e bocas, palavras, sons, movimentos que você usa para estimular a expressão de diferentes emoções: raiva, tristeza/pesar, prazer/luxuria sexual, loucura/insanidade e alegria/felicidade?
  • Quais emoções são mais fáceis ou mais difíceis de expressar? O que você gostaria de expressar, mas ainda não consegue?
  • Quais foram as mensagens que você recebeu sobre ser uma mulher livre na cama? Dando vazão ao que está presente de verdade, sem medo?

As respostas nos dão pistas importantes sobre como estamos cultivando uma relação de liberdade e autenticidade com as nossas emoções.
E, sem entrar em padrões de auto crítica ou julgamento excessivo, ofereça acolhimento para o que quer você tenha percebido com essa reflexão.
O amor nos prepara para a mudança, nos ampara no caminho contínuo de auto transformação e refinamento de quem somos. Lembre-se disso, por amor!

E me conte como suas emoções tem sido expressadas? Eu sempre quero saber. Basta comentar aqui no blog ou me enviar uma mensagem privada. Vou amar ler e comentar!

Com amor,

Marina

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