O que a sua garganta tem a ver com a sua vagina

E como sentir menos dor no sexo e se abrir ao prazer

Se você já fez algum trabalho comigo (ou assiste às minhas Lives) sabe que sempre falo para as minhas alunas e clientes relaxarem o maxilar e abrirem a boca no momento das práticas de auto prazer e durante o sexo.

Muitas das que colocaram esse ensinamento à prova me relataram que a mudança é incrível e que elas adoram essa dica.

Agora, você já reparou que há uma conexão super íntima entre a sua garganta, boca, maxilar e a sua vulva, vagina e centro sexual?

Pare um momento. Perceba se você está com o maxilar tenso e apertado. E repare como está o seu centro sexual.

Agora faça um teste: solte o maxilar, abra a boca, coloque a língua pra fora, movimente a mandíbula, faça sons livres tipo “ahhhhhh”. Perceba de novo a sua vagina. Muda, não muda?
E isso não é só obra do acaso não.

O maxilar e a pélvis são fisiologicamente conectados e o alinhamento e relaxamento de um, afeta diretamente o outro.

Nos ensinamentos do Tao Sexual trabalhamos o fluxo energético acessando a energia sexual concentrada no baixo ventre e buscando subir e espalha-la pelo corpo todo. Isso expande a nossa percepção de prazer e também conecta a sexualidade à espiritualidade.
Para tanto, a respiração e a liberação dos bloqueios ao livre fluxo energético são fundamentais. Assim, abrir a boca e relaxar o maxilar é prática conhecida há milhares de anos. #EuAmoTao

Não é por acaso que o pescoço é chamado de coluna cervical e a porção inferior e estreita do útero é chamada de cérvix (colo do útero). De fato, o colo do útero e o tecido das pregas vocais se comportam de maneira muito sincronizada.

Quando a garganta está aberta, essa abertura é refletida na garganta do útero, o cérvix. Isso pode ser melhor percebido na vocalização do prazer durante os orgasmos.

Agora, o oposto também é verdadeiro: quando há trauma ou dor em qualquer um desses lugares, o outro se contrai e aperta também. Eles atuam em interdependência.

O que me deixa mais curiosa sobre esse tema é perceber que a grande maioria das mulheres que conheço reportam problemas de bruxismo ou tensão intensa no maxilar. E são essas mesmas mulheres que gostariam de ter experiências mais prazerosas na expressão da sua sexualidade.

Quer saber mais sobre essa conexão? Te conto:

Conexão inicial do embrião

A gênese da mandíbula e da conexão pélvica começa na fase embriológica. Por volta do dia 15, em uma fase chamada gratulação, existem duas depressões que se formam em um embrião. Uma se torna a membrana orofaríngea que forma a boca e a outra a membrana cloacal que forma as aberturas dos tratos urinário, reprodutivo e digestivo. Eles permanecem conectados mesmo quando a coluna se desenvolve e cresce, criando um espaço maior entre eles.

Sabedoria tradicional de parteiras e doulas

Ao ajudar as mulheres a dar à luz parteiras e doulas geralmente dão a dica comum de incentivar as mulheres a suspirar e relaxar a garganta e a mandíbula como um meio de liberar a retenção pélvica e facilitar o trabalho de parto. Elas explicam que se a mandíbula e a garganta estiverem relaxadas, as nádegas e a pelve também estarão, facilitando o parto.

Estudos de pesquisa realizados por dentistas e fisioterapeutas estão explorando a conexão entre a mandíbula e a pelve.

Um estudo da Hanover Medical School na Alemanha concluiu que a disfunção da articulação temporomandibular desempenha um papel importante na restrição do movimento do quadril experimentado por pacientes com síndrome da dor regional complexa e isso indica uma conexão entre essas duas regiões do corpo.

Ligação do tecido fascial

A fina bainha do tecido da fáscia que envolve e mantém nosso corpo interno unido e nos mantém alinhadas, inclui uma linha fascial da pelve à mandíbula. Os osteopatas são especialistas em ajustar e realinhar o tecido fascial, razão pela qual eles sempre souberam a conexão entre a mandíbula e a pelve. (e nunca nos contaram né?!)

Formas anatomicamente semelhantes

Se você visualizar a estrutura da “bacia” pélvica coberta com quadris de ambos os lados que se movem e aberturas reprodutivas e urológicas na base e depois visualizar a mandíbula, é bastante semelhante na estrutura com as articulações da mandíbula no topo e a grande abertura da boca na base.

Reação estressante reveladora

Quando seu corpo sofre choque, estresse, trauma ou emoções fortes, como raiva, é uma reação fisiológica totalmente normal apertar as nádegas, apertar a vagina e apertar a mandíbula. Você já reparou?

Super interessante, né?!

E por hoje eu convido você a perceber como está tensionando a mandíbula.
Sem críticas ou julgamentos, apenas observe.

Então relaxe o maxilar, respire e depois traga vibração sonora para a garganta, tipo um zumbido de abelha. Sinta a sensação na garganta e na vagina. Faça isso por um minuto.

Perceba como isso abre a garganta, que abre e relaxa a vagina e a pelve.

Pratique mais vezes e se abra para o relaxamento da boca como caminho de relaxamento e abertura do seu centro sexual.

Prometo que você não vai se arrepender!

E me conte como é falar sobre isso tudo? Eu sempre quero saber. Basta comentar aqui no blog ou me enviar uma mensagem privada. Vou amar ler e comentar!

Com muito amor,

Marina

2 Comments

  1. Poliana Peres A. Cassimiro agosto 17, 2021 at 11:07 am

    Marina! Que texto maravilhoso! Sou doula e farei um post sobre isso! Você toparia fazer uma live comigo?

    Reply
    1. Marina Nabão agosto 17, 2021 at 1:15 pm

      Oi Poliana,
      Fico muito feliz que você tenha gostado desse conteúdo.
      eu redirecionei o meu trabalho para os EUA, onde moro. Assim, não estou mais fazendo lives para o público brasileiro, pois não posso atender mais essa demanda.
      Grande beijo, Marina

      Reply

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